domingo, 28 de dezembro de 2008

Primeiro discurso

O pulsar poético me inspira a proclamação em voz alta e clara:
Vou proclamar meu discurso!
Meus queridos,
Quero conhecer a profundidade do amor. É diante de tamanha busca que estou aqui para revelar os meus mais intensos anseios na busca pela compreensão da vida até este ponto.
Há momentos em que a poesia me convoca para a contemplação do mundo, para o vivenciar de caminhos que nem sempre são tortuosos, nós é que colocamos os maiores impencílios diante das mesmas retinas que curiosamente procuram outros olhares.
Naturalmente desconfiamos de tudo que nos cerca. Fazer o que se chegam os outros e arrancam do nosso peito um pouco do nosso coração e levam consigo? A vida é essa! Ama quem pode.
Por outro lado, caminhamos na incessante busca dos nossos melhores dias. Somos insatisfeitos e sempre permaneceremos nesta condição miserável de quem quer algo mais pra si. É egoismo? Não! É ser homem de carne e osso.
Sejamos compreensivos, mas nunca abandonemos a palavra que fere por ser verdadeira. Sejamos sensíveis para entendermos as limitações do outro, mas nunca ultrapassemos o limite para chegarmos à bobagem.
Sejamos amigos, nos doemos na caridade, amemos os outros, a nós mesmos, o nosso umbigo. Por que não?
Quero aventurar-me no amor e chegar as mais remotas possibilidades de amar. Me doarei o quanto for necessário para que tudo dê certo. Me concentrarei para pensar positivamente, para viver cada instante e ser o que sou.
Meu compromisso não é alheio aos que me procuram. São promessas que não sei se estão em meus gestos, mas foram cravadas na minha alma desde que nasci e até hoje permanecem.
Até mais...
Augusto

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Neste Natal visitei as minhas lembranças mais remotas para buscar dentro de mim a inocência que precisava para compreender e vivenciar cada instante de um dos momentos mais importantes do ano (pelo menos pra mim).

Revisitei as noites que acompanhava a novena do natal com mamãe aprendendo quem deveria ser e como este momento me transmitiria experiências. Meu olhar era de curiosidade na espera angustiante pelo Salvador. Onde Ele estaria que não chegava? Cadê esse menino que vai nascer?

E Mamãe me ensinava que a gente vai esperar muito.

Assim, descobri que o amor que transbordava em meu peito nascia e crescia para este que na simplicidade estava para nascer. Nossos espíritos se enterneciam a espera da noite de Natal que nunca foi celebrada com grandes banquetes. Nosso banquete maior era estar com papai e pedir para ele não viajar em pleno Natal, já que sua missão tinha de ser cumprida para nos alimentarmos durante o mês.

Quase sempre a simplicidade dos momentos vividos entre nós era marcante pela profundidade dos sentimentos que se renovavam ao redor da mesa, com a janta simples, com as pessoas simples, com a dignidade de sempre.

Por outro lado o tempo foi passando e hoje meus olhos se emocionam e meu coração desaba, pois necessita destes momentos para me humilhar diante de mim e descobrir que nem sempre estaremos juntos, que o tempo pode nos distanciar, me fez adulto para não poder sentar no colo de papai e para não receber as palmadas de mamãe, mas para me colocar na vida, fazer-me, constituir-me em cada vão momento como, talvez, futuro pai no comando de outra família, dando continuidade ao ciclo da vida.

Feliz Natal!

Até mais...

Augusto

sábado, 13 de dezembro de 2008

Hoje

Os dias passam e o meu coração clama pela poesia. Sei que muitas vezes quero a sensibilidade necessária, também desejo que haja um rito para o brotar da poesia inconstante, mas que pela desconfiança chego próximo de mim e me percebo imenso na minha condição mais limitada: sou humano.

Com minhas limitações escrevo torto para conceber minhas inquietações que por muitos instantes são tortas, sem sentido, sem fundamentos. Mas pra que fundamentos se sinto e o que sinto é o suficiente para minha alegria incontrolável?

Hoje, amanheci desta forma, quase pelo avesso. Preciso das minhas palavras para me completar. São quase nove horas da manhã, minha alma encontra a ternura e a imensidão de um mar perfeito para um mergulho: a poesia.

Sou assim: inconstante, variável, manipulável, mas apenas diante de minhas necessidades poéticas. Na vida sou outro, prefiro assim.

Até mais...
Augusto

sábado, 6 de dezembro de 2008

Carta de amizade

Campina Grande, 06 de dezembro de 2008
Amiga, companheira ...
Os dias foram se passando e nossa amizade se construindo aos poucos até chegar ao ponto de não sabermos nos separar. É bom demais conhecer alguém que nos completa!
Sou imperfeito e nesta imperfeição você percebeu o que está escondido no meu coração, universo que palpita pela poesia que surge e que esconde sentimentos sinceros que se manifestam aqui, através destas palavras insuficientes, mas comprometidas com a nossa amizade.
Dois é mais que um. Por isso é impossível viver sem você aqui, perto de mim, para me aquecer nos dias dificeis, para me alegrar e conversarmos o suficiente para percebermos que a seriedade, muitas vezes necessária nos incomoda, é quando decidimos brincar como crianças nos caminhos da vida.
A solidão incomoda e no encontro dá lugar ao AMOR entre nós dois. Não sei viver longe de uma amizade tão forte e eterna.
Essas palavras limitadas pelos sentidos surgem pela necessidade de proclamação de nossa amizade, mas nossos sentimentos são traduzidos nos gestos.
Parabéns! PALOMA!
Até mais...

Augusto