sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Feliz Natal!

Neste Natal visitei as minhas lembranças mais remotas para buscar dentro de mim a inocência que precisava para compreender e vivenciar cada instante de um dos momentos mais importantes do ano (pelo menos pra mim).

Revisitei as noites que acompanhava a novena do natal com mamãe aprendendo quem deveria ser e como este momento me transmitiria experiências. Meu olhar era de curiosidade na espera angustiante pelo Salvador. Onde Ele estaria que não chegava? Cadê esse menino que vai nascer?

E Mamãe me ensinava que a gente vai esperar muito.

Assim, descobri que o amor que transbordava em meu peito nascia e crescia para este que na simplicidade estava para nascer. Nossos espíritos se enterneciam a espera da noite de Natal que nunca foi celebrada com grandes banquetes. Nosso banquete maior era estar com papai e pedir para ele não viajar em pleno Natal, já que sua missão tinha de ser cumprida para nos alimentarmos durante o mês.

Quase sempre a simplicidade dos momentos vividos entre nós era marcante pela profundidade dos sentimentos que se renovavam ao redor da mesa, com a janta simples, com as pessoas simples, com a dignidade de sempre.

Por outro lado o tempo foi passando e hoje meus olhos se emocionam e meu coração desaba, pois necessita destes momentos para me humilhar diante de mim e descobrir que nem sempre estaremos juntos, que o tempo pode nos distanciar, me fez adulto para não poder sentar no colo de papai e para não receber as palmadas de mamãe, mas para me colocar na vida, fazer-me, constituir-me em cada vão momento como, talvez, futuro pai no comando de outra família, dando continuidade ao ciclo da vida.

Feliz Natal!

Até mais...

Augusto

2 comentários:

Juliana de Paulo disse...

História de natal, sempre vão ao fundo da alma...

arthur disse...

uma ideia uma iscrita que toca a mente e mexe com o espirito das pessoas nos fasendo se perguntar e olhar para dentro de nos mesmos.